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Bolsonaro diz que governo não aguenta mais duas parcelas de R$ 600 do auxílio emergencial

Bolsonaro diz que governo não aguenta mais duas parcelas de R$ 600 do auxílio emergencial

23/06/2020
Fonte: UOL
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Presidente já havia falado que pode vetar a prorrogação do benefício

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o governo vai negociar com a Câmara e com o Senado um novo valor para a quarta e a quinta parcelas do auxílio emergencial repassado pela União durante a pandemia do novo coronavírus, mas ressalvou que não tem como se bancar a manutenção da ajuda no valor atual de R$ 600.

"União não aguenta outro desse mesmo montante que, por mês, nos custa cerca de R$ 50 bilhões. Se o país se endividar demais, vamos ter problema", disse o presidente, em entrevista após evento de lançamento do canal de TV Agromais, da Bandeirantes.

Desde o anúncio de que seriam pagas parcelas extras do benefício, o governo demonstra a intenção de cortar pela metade o valor. O parcela mais baixa será motivo de negociação com o Congresso.

"Vai ser negociado com a Câmara, presidente da Câmara, presidente do Senado, um valor um pouco mais baixo, e prorrogar por mais dois meses talvez a gente suporte, mas não o valor cheio de R$ 600", completou.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já defendeu publicamente a manutenção do valor de R$ 600 nas futuras parcelas do auxílio emergencial.

A parcela de R$ 600 custa em torno de R$ 50 bilhões por mês para o governo. Mais de 60 milhões de pessoas estão inscritas no programa da renda básica, que foi criado para socorrer pessoas de baixa renda atingidas economicamente pela pandemia da covid-19.

 

Reabertura do comércio

O presidente defendeu ainda que uma das soluções para diminuir a dependência das famílias do auxílio emergencial é a reabertura do comércio nas cidades, decisão que precisa ser tomada pelos governadores dos estados.

Desde o início, Bolsonaro classifica como "exagero" as medidas tomadas por governadores e prefeitos no combate ao novo coronavírus.